Heterofobia no mundo: famoso estilista gay agride casal na França

John Galliano — famoso estilista e homossexual assumido — foi interrogado nesta segunda-feira pela polícia francesa por causa de acusações de racismo e antissemitismo. Ele foi suspenso pela Christian Dior depois que um casal prestou queixa, dizendo que Galliano gritou insultos no bar La Perle, no bairro do Marais, em Paris.
A Christian Dior, que na última sexta-feira afirmou ter uma política de “tolerância zero” em relação a qualquer comportamento racista ou antissemita, disse que Galliano estará suspenso enquanto não for concluída a investigação policial.

Além do casal, uma mulher acusou Galliano de insultá-la em outubro do ano passado, no mesmo bar, de acordo com a polícia. O jornal inglês The Sun divulgou hoje um vídeo em que o famoso estilista aparece dizendo que ama Hitler.

Como se vê, a intolerância não é privilêgio dos heterossexuais. Criar uma lei específica para pôr na cadeia as pessoas que supostamente cometem crimes homofóbicos não é a solução contra a discriminação e o preconceito. Afinal, também existem homossexuais que, à semelhança de Galliano — pelo que tudo indica —, têm aversão a casais heterossexuais, o que constitui heterofobia, que é tão grave quanto a homofobia.

Leis contra a violência, o racismo e a discriminação já existem em todo o mundo civilizado. Elas são para todos e devem ser aplicadas. Mas, se o insulto a homossexuais é o mesmo que racismo, como tem dito a senadora Marta Suplicy, os impropérios contra evangélicos e heterossexuais também precisam receber o mesmo tratamento, no Brasil.

Penso que seria um grande erro dos nossos legisladores privilegiarem um grupo minoritário, em detrimento de outros, só porque aquele é mais escandaloso, grita mais alto nas ruas e tem espaço privilegiado na mídia.

Ciro Sanches Zibordi

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