Títere e Marionete conversam sobre o PL 122


— Títere, você já ouviu falar da PL 122? — pergunta Marionete a seu marido.
— Sim, querida. Na verdade, é o PL 122, e não a PL 122 — responde Títere.
— Por quê, Tite?
— Porque PL significa Projeto de Lei. Então, é o Projeto...
— Ah, entendi. Mas, o que é esse projeto? Ouvi um pastor falar que nós não vamos mais poder pregar o Evangelho com total liberdade...
— Nete, esse projeto visa à criação de uma lei para punir a homofobia, e isso vai nos atingir, pois...
— Homofo... quê?
— Ho-mo-fo-bi-a.
— Ah, sim. Continua.
— Então, eu aprendi com o meu amigo, o professor Bibliófilo, que a homofobia está sendo definida pelos homossexuais como uma espécie de racismo. Por exemplo, se uma pessoa faz gracejos com a cor de pele de alguém, isso é um crime. Da mesma forma, se alguém zombar de um homossexual, isso é crime praticamente idêntico, segundo o PL 122. Mas não é só a zombaria que conta. Todo tipo de violência, física ou verbal, contra os gays é considerado homofobia.
— Essa lei, então, não nos atingiria, querido, pois nós não somos inimigos dos homossexuais...
— É aí que está o problema, Nete. Nós não somos inimigos deles, mas temos uma opinião contrária ao homossexualismo. E pregamos contra o pecado da homossexualidade.
— Exatamente, querido, pois Deus ama o pecador, mas não aceita o seu pecado. O Senhor diz que homem não pode deitar com homem como se fossem casados. Isso é pecado! Mas muitos homossexuais, de forma errada, acham que Deus faz vista grossa para o pecado. Ele é amor e também é santo...
— Isso mesmo, querida. Mas nós vivemos dias difíceis... Há homens que vivem com homens e ainda se dizem pastores! E mulheres que se relacionam com mulheres... Como se isso não bastasse, agora eles querem, com essa lei, nos obrigar a ficar bem quietinhos. Em alguns países, há pregadores sendo presos por isso.
— Deixa eu ver se eu entendi, querido. Quer dizer que o fato de pregamos contra o pecado da homossexualidade, mesmo respeitando as pessoas que estão nessa condição, nos tornará criminosos perante a lei?
— Exatamente. A lei, se for aprovada, abrangerá a opinião, o que é anticonstitucional, pois a nossa Constituição Federal nos dá total liberdade para criticar comportamentos. E isso jamais pode ser equiparado a racismo. Mas, segundo o PL 122, o simples fato de alguém falar, por exemplo, “A homossexualidade é um pecado, de acordo com a Palavra de Deus” já será considerado um crime passível de prisão.
— Prisão? Que é isso, Tite? Vamos orar, querido. Isso é o fim dos tempos.
— Sim, meu amor. Vamos orar e também protestar contra a aprovação dessa lei absurda. Afinal, nós podemos fazer mais que orar, pois as coisas já estão mais complicadas do que muitos imaginam. Se a nossa filha estudasse agora (ainda bem que ela já está casada), receberia um kit que incentiva a prática homossexual, sabia?
— Meu Deus! Sabe do que eu me lembrei agora?
— Do quê?
— De uma pregação do pastor Oliver Dadeiro. Ele leu em Salmos 11.3 e disse: “Os fundamentos se transtonam, irmãos. O que nós, como justos, podemos fazer? Podemos orar, pois a oração de um justo pode muito em seus efeitos. Mas também podemos agir, protestando contra o pecado, evangelizando, dando o exemplo de uma vida santa”.
— Glória a Deus, querida. O que você acha de orarmos agora mesmo e depois orientarmos todas as pessoas que conhecemos sobre o assunto?
— Ótima ideia, Títere. Não podemos ficar de braços cruzados diante desse grande levante contra a família e a igreja. Vamos orar e fazer o que compete a nós como parte da igreja e da sociedade.

Ciro Sanches Zibordi

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